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quinta-feira, 12 de abril de 2012

Os grandes reinventam-se - Segunda parte


A segunda época de Jesus no Benfica tem o início simbólico num momento surreal de televisão em que em directo e exclusivo, Jesus anunciou que o Benfica não renovaria com Quim. O Guarda-Redes duas vezes Campeão pelo Benfica, era desta forma indigna posto fora do Clube e estava dado o mote para o mau karma e o chorrilho de asneiras que iria redundar numa época plena de desilusão.

Nessa pré-época vimos partir dois dos melhores jogadores da época anterior, Ramires e Di Maria, e vimos chegar Sálvio e Gaitán para os substituir respectivamente, só que nem Gaitán era Di Maria e muito menos Sálvio era Ramires. Chega também Roberto, num dos negócios mais estranhos de que há memória, não só pela clara falta de qualidade do jogador como também pelo seu inacreditável preço.

A época foi um rol de horrores: derrota na supertaça; péssimo início de Campeonato com 3 derrotas em 4 desafios; goleada sofrida no estádio do "ladrão"; participação patética na Liga dos Campeões; apuramento para a Liga Europa obtido in extremis; adversário campeão em pleno Estádio da Luz; eliminação nas meias-finais da Taça de Portugal depois de estar com dois golos de vantagem da primeira mão; derrota para o Braga nas meias finais da Euroliga.

Toda esta miséria era regada por um discurso de bazófia a roçar o imbecil por parte do treinador, por uma aposta em Roberto que ninguém entendia e pelo substituto de Ramires que nunca chegava. Durante toda a época se notou a falta do Queniano do Benfica, a equipa jogava muitas vezes na vertigem do ano transacto, só que agora já não havia o equilíbrio e capacidade de recuperação conferida pelo Brasileiro e sim largas avenidas para os adversários correrem a quase seu bel-prazer. Jesus nunca soube/teve armas para corrigir isso. A saída de David Luiz no mercado de Janeiro, o azar com as lesões graves de, primeiro Rubén Amorim e mais tarde Gaitán e Sálvio também contribuíram para o triste espectáculo a que assistimos.

Tudo falhou e apenas garantimos bastante menos que o mínimo. O medo do adversário foi maior que a vontade de alcançar a glória e assim chegámos ao fim em falência técnica, física e mental.

Todo o élan e casamento entre equipa e adeptos alcançada na época anterior eclipsou-se e para Jesus nada seria como dantes.

1 comentário:

Anónimo disse...

E Nico Gaitán já estará de malas aviadas rumo ao Manchester United.