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domingo, 10 de fevereiro de 2013

Ter na mão e deixar voar

Tinha tudo para ser complicado. O campo, o adversário, o treinador rival, a merda do árbitro e o jogo de quinta feira contra o Leverkusen. Como não gostamos de coisas fáceis resolvemos nos propor a mais uns desafios: entrar a dormir, permitir muita liberdade ao adversário e, veja-se lá, dar um de vantagem.

O golo sofrido resultou como uma chapada que nos acordava de um sono profundo pois, a partir daí, dominámos o jogo e acabámos por chegar ao intervalo com a (diga-se) merecida vantagem. Parecia que tínhamos nos deixado de merdas e, então, encarávamos o jogo de acordo com a importância que ele tinha.

Na segunda parte era simples a ideia: resolver cedo as coisas para poder encarar o que restava com mais à-vontade. E de facto começámos bem, já com Gaitán dentro de campo, fomos mandões e as oportunidades pareciam vir a nascer de qualquer lance de ataque, mas com tanta facilidade deslumbramo-nos e sofremos um golo contra a maré do jogo num lance onde Maxi foi lento e Artur não foi Rei.

Com o golo o Nacional voltou a acreditar e Jesus mexeu, retirando Urreta - que estava a fazer uma bela exibição - por Cardozo, derivando Gaitán para a linha. A meu ver ficamos a perder com estas trocas pois nunca mais houve o grande esclarecimento que o Gaitán estava a dar no centro do terreno e as oportunidades que outrora pareciam poder aparecer a qualquer momento, agora, apareciam quase que arrancadas à força.

O golo não aparecia e crescia o nervosismo. E eis que quando nos preparávamos para os últimos minutos de enorme pressão, Cardozo pontapeia Marçal, após provocação deste e é, justamente, expulso. Se isto já era mau o que aconteceu depois foi ainda pior: Cardozo foi adepto e por pouco não chegou a vias de facto com o árbitro. Compreendo Cardozo, mas nesta situação gostava que tivesse mantido a calma. Com tudo isto provavelmente levará (dependendo da diplomacia) uns três joguinhos na bancada.

Depois da ameaça, o Proença - que até não estava a fazer um mau jogo - entrou em modo parafuso e, demonstrando uma total falta de amor à vida, conseguiu ver uma agressão para vermelho directo do Matic. Este, resignado, incrédulo e impotente saia do campo.

Repito as palavras do Presidente do Benfica, se Proença se sente condicionado por apitar jogos do Benfica agradeço que peça escusa de o fazer. Arrisca-se ele a ficar sem pescoço, e fode-se o Benfica com as cagadas que ele faz.

Uma palavra para o Nacional pelo seu melhor jogo da época. Só é de lamentar que não se inspire tanto quando joga contra outros rivais...

Ergam a cabeça que quinta feira há mais!

Força Benfica!




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